Patricia Marx conta por que defende na web a legalização da maconha

05/08/2014 14:17

Patricia Marx  (Foto: Reprodução/ Instagram)

Há algumas semanas, Patrícia Marx iniciou uma cruzada Polêmica nas redes sociais. E culminou com algumas fotos explícitas da cantora, ex-Trem da Alegria, fumando um cigarro de maconha. Abertamente, Patrícia, do alto de seus 40 anos, defendeu a legalização da droga e suscitou uma discussão enorme em seu Instagram, onde os registros são postados frequentemente. "O que eu quero com isso é promover uma discussão inteligente sobre a legalização da maconha e, quem sabe, fazer com que o pensamento, na maioria das vezes hipócrita em relação a isso, seja colocado em xeque", explica ela: "É também uma forma de desconstruir a minha imagem. Não sou a Patrícia Marx do Trem da alegria. Eu fui. Mas a pessoa física está colocando suas ideias e sua forma de pensar para o mundo. Aquela garotinha só está no imaginário das Patrícia sabe que deu a cara para bater na internet. E recebeu uma enxovalhada de críticas, mas também muito apoio. "Meus fãs serão sempre fãs, me têm em um canto especial. Quem concorda comigo, achou bacana eu ter me exposto. Até quem não é usuário me respeita. O que acho bacana nisso tudo é a discussão que gera", diz a cantora.
Patricia Marx  (Foto: Reprodução/ Instagram)
 

Nos tempos prodigiosos de cantora mirim, Patrícia sequer chegou perto das drogas. Os pais a protegeram do que poderia atrapalhar a vida e a carreira, e o primeiro cigarro de maconha só aconteceu aos 21 anos. "Se for parar para pensar, no meio em que vivo, foi até tarde. Experimentei e gostei. Fiquei alegre, foi leve e passei a consumir", conta a cantora que apressa-se em dizer que não faz apologia à maconha: "Não é isso. Sou usuária e não posso ser tratada como criminosa. Sei que estou me expondo demais, que posso vir a ter problemas. Mas se for assim, qualquer um que fale abertamente sobre um assunto ainda tabu pode ser preso. A descriminalização é importante até para sabermos como vamos lidar com isso quando a maconha for legalizada".De outras drogas, Patrícia garante não saber nem o efeito. "Sempre tive muito medo de experimentar outras coisas. Nunca cheirei, tomei ácido, me piquei, nada disso. Me conheço. Sou uma pessoa muito impulsiva. E poderia me prejudicar como prejudicou tantas pessoas que conheço", analisa.

Patrícia é mãe de um adolescente de 15 anos. Com Arthur, ela conversa abertamente sobre todos os assuntos e diz que o filho não é adepto da droga. "Se um dia meu filho quiser experimentar está muito bem orientado. Converso com ele sempre e já vimos juntos muitos documentários sobre todos os tipos de droga. Tenho uma relação franca com ele e mostro que a maconha não torna a mãe dele uma pessoa pior. Precisamos parar de alimentar estes monstros. Pouca gente sabe dos benefícios. Somente dos rótulos. Por que o cigarro é legal? A bebida também?", reflete.Prestes a lançar um DVD e um EP com cinco músicas, Patrícia está em nova investigação profissional. "Estou buscando conhecimentos na área da fotografia e editoração, fazendo algumas experiências. A internet possibilitou a nós termos uma resposta imediata do nosso trabalho, sem intereseções. E toda forma de arte me interessa".
Patricia Marx  (Foto: Reprodução/ Instagram)
Patricia Marx  (Foto: Reprodução/ Instagram)
Patricia Marx  (Foto: Reprodução/ Instagram)
Patricia Marx  (Foto: Reprodução/ Instagram)
Patricia Marx  (Foto: Reprodução/ Instagram)
Patricia Marx  (Foto: Reprodução/ Instagram)